Isolado nos EUA, Eduardo Bolsonaro tem se ocupado em atacar aliados que vão, um a um, abandonando o clã. Em vídeo, ele mostra desespero sobre possível extradição, citando caso de Eduardo Tagilaferro na Itália.
Por Plinio Teodoro | Revista Fórum
Isolado politicamente nos EUA e com medo de ser extraditado de volta ao Brasil, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem se dedicado a retaliar antigos aliados e parece estar disposto agora a criar uma lista de traidores do clã, classificados por ele como "prostitutas".
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| Eduardo Bolsonaro mostra desespero ao comentar possibilidade de extradição.Créditos: Reprodução de vídeo / Rede X |
Nesta quarta-feira (12), o filho "03" de Jair Bolsonaro (PL) reagiu a uma declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que em entrevista ao site Metrópoles afirmou que Eduardo pôs “interesse pessoal acima do país”.
"Ele não foi muito feliz nas declarações dele. Não podemos colocar o direito pessoal, particular de alguém, acima do interesse da nação. O interesse de alguém pessoalmente [não pode] se sobrepor ao interesse de um país", disse o governador mineiro ao ser indagado se Eduardo teria cometido algum erro na articulação com os EUA.
"Posso reagir? Ou vão me acusar de dividir a direita? Eu estou aqui na minha, fazendo o que todos que me seguem sabem. Na verdade eu já sei a resposta a este questionamento que fiz", surtou Eduardo.
"A verdadeira pergunta é: a quem interessa assassinar a minha reputação?", indagou, levantando a hipótese: "ataques coordenados?".
O próprio Eduardo respondeu à pergunta em nova publicação na manhã desta quinta-feira (13), classificando os traidores como "prostitutas".
"A máquina está trabalhando forte para ludibriar a percepção popular. Aproveite esta oportunidade e anote num caderninho o nome das prostitutas, assim eles não te enganarão de novo", escreveu, sinalizando que pode divulgar uma lista de traidores.
Risco de extradição
Em vídeo divulgado nesta quinta-feira (12), Eduardo Bolsonaro se mostrou desesperado com a hipótese de ser extraditado de volta ao Brasil, citando o caso de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).Foragido na Itália após investigação sobre vazamento de informações de seu celular com ataques a Moraes, Tagliaferro teve a extradição pedida pelo próprio ministro, acendendo um alerta em Eduardo Bolsonaro - que está cada dia mais escanteado por interlocutores do governo Donald Trump, nos EUA.
"O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, solicitou a extradição de Eduardo Tagliaferro pelos mesmos supostos “crimes” que ele também me atribui: denunciar no exterior as violações de direitos humanos cometidas pelo próprio Moraes. E o Procurador-Geral, Paulo Gonet, já sancionado pelos EUA com a revogação do visto, segue as ordens de Moraes investigando aqueles que os denunciam", escreveu.
Em vídeo na mesma publicação, em que aparece visivelmente transtornado, Eduardo compara o caso de Tagliaferro com o dele.
"Tanto eu quanto o Eduardo Tagliaferro, sofremos o mesmo método de perseguição. O Tagliaferro é uma pessoa que trabalhou junto com Alexandre de Moraes, ele foi a inteligência e foi usado na perseguição, principalmente implementada na eleição de 2022. Hoje, o Tagliaferro está na Itália, denunciando os crimes do Moraes. E quem é que pede a extradição do Tagliaferro? O Moraes", avalia o filho de Bolsonaro.
Eduardo, então, diz que também está nos EUA "denunciando os crimes do Moraes" e reclamou do processo em que é acusado de coação. A ação deve ser julgada pelo STF. E caso seja Eduardo seja condenado, o Brasil pode pedir a extradição dele ao governo Donald Trump.
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