Saúde de Itaguaí não tinha soro para salvar uma criança picada por cobra, mas fez contrato de R$ 25 milhões com hospital particular

Queixam-se em Itaguaí que para ser considerado ruim o atendimento nas unidades da rede municipal de saúde precisa melhorar muito.


Elizeu Pires

Que o diga a família de uma criança de 13 anos, que foi picada por uma cobra, precisou de socorro urgente e acabou morrendo, porque o dispendioso e inacabado hospital municipal não tinha soro antiofídico. Isto aconteceu em pleno século 21 em um município que acabou de fazer um contrato no valor de mais de R$ 25 milhões com um hospital particular.


A precariedade dos serviços prestados na rede municipal de saúde vem de muito tempo, segundo reclamam moradores da cidade. Para ampliar o atendimento anunciou-se há uns dois anos a ampliação e reforma do Hospital Municipal São Francisco Xavier, que não conseguiu salvar a vida de uma criança por falta de soro, mas não se tem notícia até agora do que a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores está fazendo em relação aos fatos.

Contratação milionária 

No cargo de prefeito desde 18 de junho, tendo assumido por força de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, o dentista Rubem Vieira de Souza, mais conhecido como Dr. Rubão, autorizou o chamamento público que resultou na contratação do Centro Médico Moisés Abrahão, razão social do Hospital Geral de Itaguaí.

Com valor global de R$ 25.458.865,56 e validade de um ano, o contrato tem como objeto a disponibilização de leitos de UTI, sala cirúrgica com equipamentos, mobiliários, insumos e medicamentos. O documento foi assinado no dia 3 de outubro pelo secretário municipal de saúde Samuel Moreira da Silva.

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