Presidente da Câmara libera geral o exercício de mandato fora do Brasil. Ramagem é o último a fugir, mas lista inclui Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli
Xico Sá | ICL Notícias
A gestão liberal do deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos) no comando da Câmara promoveu uma bancada de parlamentares fugitivos financiados pelo dinheiro público.
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| Deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) | Reprodução |
A impunidade gerou algo como a FugaBras, uma pequena estatal composta por encrencados com a Justiça que exercem os seus mandatos fora do país.
O último a sair foi o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado a 16 anos de prisão na quadrilha golpista de Jair Bolsonaro.
O ex-diretor da Abin está curtindo, nesse exato momento, uma praia particular em um condomínio luxuoso na Flórida (EUA), mesmo assim segue participando das votações do Congresso.
Ramagem registrou e exibiu nas redes sociais um orgulhoso voto no PL das Facções, aquele projeto-de-lei responsável por enfraquecer a Polícia Federal e iludir as massas com populismo penal de quinta.
A FugaBras de Hugo Motta foi inaugurada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), representante do eleitor paulista que fugiu ainda em fevereiro.
Traidor da Pátria declarado, o filho 03 do ex-presidente seguiu com todos os benefícios do dinheiro público na sua obsessão em prejudicar a economia dos brasileiros junto ao governo de Donald Trump.
Eduardo deu um prejuízo monumental ao país. Somente agora o governo Lula reverteu, com um incansável trabalho diplomático, as tarifas impostas pela Casa Branca. Motta parece que não viu nada disso.
A FugaBras também mandou representantes para a Itália, via Miami, caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP), um mandato protegido por muito tempo graças ao generoso presidente da Câmara.
A novíssima fuga do ex-diretor da Abin provocou crise em Brasília. Segundo reportagem de Cleber Lourenço, aqui no ICL, a Câmara divulgou nota em que alega desconhecimento sobre a viagem do parlamentar, afirma que Ramagem estava amparado por licença-saúde e que a resolução interna permite voto remoto nessa condição. No entanto, os documentos apontam que, para votar de outro país, o usuário precisa necessariamente de habilitação internacional — serviço que só pode ser concedido mediante solicitação formal e autorização da própria Câmara. A concessão do pacote internacional desmonta a tese de desconhecimento e sugere que setores internos da instituição tinham plena ciência da localização do parlamentar.
A continuar nesse ritmo, Hugo Motta irá permitir em breve a criação de um puxadinho estrangeiro formado por delinquentes da lei. Será o anexo Miami para deputados em rota de fuga.
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