Advogado criminalista Jaime Fusco avalia que chamamento para vigília representa "exortação explícita de guerra" e destaca atuação do STF na preservação da ordem
Da CNN Brasil
O advogado criminalista Jaime Fusco, em entrevista ao Agora CNN neste sábado (22), alertou sobre os riscos de uma possível escalada de tensão após declarações de Flávio Bolsonaro. Segundo o especialista, o chamamento para uma vigília representa uma "exortação pública de guerra" e uma convocação explícita a um "exército".
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| Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) | Reprodução |
"O senador e filho, herdeiro do clã bolsonarista, faz uma exortação explícita de guerra. Ele faz um chamamento e uma convocação pública a um exército, ele chama soldados a lutarem. Acontece que o ministro Alexandre de Moraes é, além de jurista, um especialista em Segurança Pública, talvez o maior no Brasil", afirma Fusco.
Em sua análise, Fusco destacou que o STF agiu de forma célere e firme diante da situação. "Um juiz de primeira instância não teria coragem de agir de forma tão rápida", avaliou o criminalista, enfatizando o papel da Corte como guardiã da Constituição Federal.
Preocupação com a ordem pública
O jurista ressaltou que a decisão judicial busca estabelecer a ordem pública, aplicando a legislação com os requisitos necessários e fundamentada no Código Penal e no Código de Processo Penal."A Polícia Federal e nossas instituições estão fortes. A gente precisa lembrar que a base bolsonarista tem ramificações na Polícia Federal. Essa mesma PF prendeu o Lula. Então a gente está diante de uma Justiça forte, a gente deve ter informações de inteligência seguras. A Justiça e a paz precisam andar juntas", pontuou Fusco.
Fusco também abordou as possíveis implicações da lei antiterrorismo em tramitação. O especialista alertou que, caso aprovada, a legislação poderia classificar as milícias digitais como facções criminosas, considerando seu poder de influência e território definido na internet.
O advogado concluiu sua análise destacando que o país está diante de um momento histórico, no qual o Supremo Tribunal Federal aplica a legislação de forma preventiva, baseando-se em elementos de inteligência que indicariam riscos à ordem democrática. "Existe um chamamento à guerra civil", advertiu o especialista.
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