A comemoração da blindagem (VIDEO)

A senadora Eliziane Gama celebrou a rejeição de um requerimento de convocação de Edson Claro Medeiros Jr, ex-funcionário do Careca do INSS


O Antagonista

A senadora lulista Eliziane Gama (PSD-MA) celebrou a rejeição, por 16 votos a 14, do requerimento de convocação de Edson Claro Medeiros Júnior, ex-funcionário do Careca do INSS que disse à polícia ter sido ameaçado pelo lobista.

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) | Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Mas não só ela, outros integrantes da base do governo Lula trabalharam intensamente para que Edson Medeiros Júnior não comparecesse ao colegiado para prestar esclarecimentos. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação e integrante da tropa de choque governista deputado Paulo Pimenta (PT) chegou a discutir com o presidente da CPMI, Carlos Viana, ao tentar obstruir a votação do requerimento de convocação de Edson Medeiros Júnior.

Logo do início da sessão, ele questionou o fato de que o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), defender a convocação de Edson Júnior. “Se ele [Edson] brigou, que vá para a delegacia de polícia; se apanhou, se bateu, vai lá e faz um BO [Boletim de Ocorrência]. Agora querer trazer uma discussão que não tem nada a ver para essa comissão é brincar com a nossa inteligência nesse exercício de retórica bobo”, disse Pimenta sobre o requerimento.

Depois, quando Alfredo Gaspar começou a defender o pedido, Pimenta se exaltou e declarou que não havia previsão regimental para uma fala do parlamentar. Como um dos autores do requerimento de convocação, pelo regimento interno do Senado, ele teria sim direito a palavra.

“No grito, aqui, ninguém vai ganhar nada! Vossa Excelência não levante a voz comigo”, disse o presidente da CPMI do INSS a Paulo Pimenta (PT-RS). Pimenta, inclusive, bateu na mesa para impedir fala do relator do colegiado.

A blindagem da CGU vira tema da CPMI

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, defendeu o secretário federal de Controle Interno ao ser confrontado com a informação de que o servidor sugeriu que o INSS instituísse uma “pauta positiva” quando o órgão divulgasse seu relatório sobre os achados referentes aos descontos ilegais. A informação foi divulgada por O Antagonista.

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), leu a reportagem deste portal durante a oitiva de Carvalho na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Depois, quis saber se o ministro considera correto que Ronald Balbe estivesse mais preocupado com a publicidade da descoberta do que com a própria descoberta e sugerisse ao Instituto colocar sigilo sobre informações.

“Eu não considero que o senhor Ronald Balbe estava sugerindo algo assim. Então, eu tenho uma discordância com relação à suposição que embasa a pergunta de vossa excelência e eu posso explicar por quê. Primeiro, o senhor Ronald Balbe é um servidor, auditor da CGU há mais de 20 anos. Ultrarrespeitado por toda a equipe da CGU, todos os auditores da CGU. Pessoa que eu não conhecia, relator, inclusive, até ele se tornar secretário”, respondeu o ministro.

“Ele foi praticamente um consenso da equipe ali de auditores sobre quem deveria ocupar essa função pela sua experiência. O doutor Ronald estava nessa reunião com o INSS com o objetivo muito claro de fazer o INSS tomar providência em relação às entidades que já estavam sendo detectadas, em função da auditoria da CGU, como entidades que possivelmente estavam praticando descontos indevidos. E cobrando medidas”.

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