Em grupo de WhatsApp do partido, o petista Alfredinho respondeu à pressão dos colegas dizendo que precisava votar
Por Malu Gaspar | O Globo
O deputado federal Alfredinho (PT-SP), um dos 12 integrantes da bancada do PT na Câmara dos Deputados que votou a favor da PEC da Blindagem na noite da última terça-feira em Brasília, reagiu à pressão dos assessores e colegas de bancada no grupo de WhatsApp do partido dizendo que foi obrigado a fazer um “gesto amargo” em troca do avanço de pautas do governo Lula no Congresso.
O deputado, que é suplente do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não seguiu a posição do partido para rejeitar a PEC, pela qual caberá ao Congresso autorizar a abertura de processos contra parlamentares.
Ao longo do dia, o Palácio do Planalto liberou os deputados do PT para votar como quisesse, mas ao final do dia parte expressiva da bancada firmou posição contra a emenda na Câmara. A PEC acabou aprovada ontem na Câmara por 344 votos a 133 em segundo turno. Dos 67 deputados do PT, a maioria votou contra a proposta.
Ao longo do dia, o Palácio do Planalto liberou os deputados do PT para votar como quisesse, mas ao final do dia parte expressiva da bancada firmou posição contra a emenda na Câmara. A PEC acabou aprovada ontem na Câmara por 344 votos a 133 em segundo turno. Dos 67 deputados do PT, a maioria votou contra a proposta.
Entre os dez que aprovaram a PEC, além de Alfredinho, estão Jilmar Tatto (SP) e Odair Cunha (MG), que estava no exercício da liderança do governo na ausência do titular, José Guimarães (CE). O fato de os quatro deputados petistas do Piauí terem apoiado a PEC também gerou indignação no grupo.
“Tem muita coisa importante na pauta da Câmara essa semana: a MP da conta de luz (beneficia 60mi de pessoas), a redução do IR e a taxação dos super-ricos e, especialmente, a anistia a Jair Bolsonaro”, justificou Alfredinho no grupo de WhatsApp.
“Pode não parecer, mas tudo isso está caminhando junto. Nós precisamos dos votos do Centrão para aprovar as nossas pautas e eles precisavam de uma sinalização do PT para meio que reduzir os danos da aprovação dessa PEC, que é a que importa para eles, mais do que a anistia”, concluiu.
A versão de Alfredinho para a atitude dos companheiros de bancada tem a ver com uma proposta que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) teria apresentado ao Palácio do Planalto, segundo a qual se o PT votasse a favor da PEC da Blindagem o partido derrubaria a anistia pretendida pelo PL.
Procurado, Alfredinho não retornou o contato da equipe da coluna. O espaço segue aberto.
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