“Processo eleitoral é amplamente auditável”, diz Cármen Lúcia a advogado de Ramagem

Ministra do STF defendeu sistema eleitoral brasileiro, após sustentação oral de defesa do deputado Alexandre Ramagem


O Antagonista

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu o advogado Paulo Renato Garcia Cintra, que representa o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), contestando a forma como ele tratou da “eleição auditável” durante sua sustentação oral nesta terça, 2.

Ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) | Rosinei Coutinho/STF

Cármen destacou que houve uma confusão entre os conceitos de processo eleitoral auditável e voto impresso:

“O nobre advogado fez muitas referências à inexistência, ou que teria havido uma campanha pela eleição auditável, pelo processo auditável, e que isto era algo que foi até objeto de uma proposta constitucional. Mas Vossa Senhoria sabe a distinção entre processo eleitoral auditável e voto impresso. Porque, repetiu como se fosse sinônimo e não é. Porque o processo eleitoral é amplamente auditável no Brasil, passamos por uma auditoria, e para que não fique para quem assiste de que não é auditável”, disse.

Segundo a ministra, essa “confusão” foi criada, durante as eleições de 2022, para colocar em xeque o sistema eleitoral brasileiro.

“O que se fez é dizer o tempo todo é que tem que ter o voto impresso, que tem a ver com o segredo do voto, o direito do cidadão de votar de acordo com o que pensa e ninguém saber disso. Outra coisa é a auditabilidade, que existe desde 1996. Vossa senhoria usou com muita frequência como se fosse a mesma coisa e não é.

Só para ficar claro, porque Vossa Senhoria usou com muita frequência como se fosse a mesma coisa. Não é. O que foi dito, o tempo todo, foi esta confusão para criar uma confusão na cabeça do brasileiro e da brasileira para colocar em xeque.”

O advogado, então, fez uma correção:

“Conheço profissionalmente a questão da segurança das urnas. Essa questão do voto impresso é só em relação ao que foi dito. Não é a defesa que defende essa ideia “, respondeu Cintra.

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