Abaixo-assinados para cassação de Eduardo Bolsonaro já têm apoio de 400 mil pessoas

Lindbergh Farias e Fernanda Melchionna lançaram abaixo-assinados na internet

Eles afirmam que ações de filho do ex-presidente são incompatíveis com mandato de deputado


Mônica Bergamo | Folha de S.Paulo

Dois abaixo-assinados que pedem a cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) somam juntos cerca de 400 mil assinaturas.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante sessão solene em 2024 - Zeca Ribeiro - 21.mai.24/Câmara dos Deputados

As manifestações foram lançadas na internet pelos deputados federais Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, e Fernanda Melchionna (PSOL-RS). Os parlamentares afirmam que vão protocolar os documentos na Casa, na tarde desta quarta (17).

Nos abaixo-assinados, Lindbergh e Fernanda dizem que Eduardo Bolsonaro tem promovido campanhas internacionais contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e articulado sanções contra o Brasil, além de usar de "sua posição parlamentar para coordenar ofensivas diplomáticas hostis ao nosso país".

"Trata-se de uma conduta incompatível com o mandato que exerce e que agride frontalmente os interesses nacionais, na forma do artigo 3°, I, da Código de Ética e Decoro Parlamentar", diz o texto da mobilização do líder do PT, que reúne 53 mil assinaturas.

Já Fernanda salienta que o tarifaço imposto pelos EUA aos produtos brasileiros vai gerar "desemprego e mais dificuldades para as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, tudo isso para tentar salvar Jair da merecida cadeia". "A permanência do conspirador no cargo de deputado federal é vergonhosa e inaceitável, e exige medidas urgentes", afirma ela no abaixo-assinado, que soma 330 mil signatários.

Os dois parlamentares também estudam uma ação legislativa para barrar a manobra adotada pelo PL para livrar Eduardo Bolsonaro de um processo de cassação do mandato por faltas.

Na terça (15), o partido indicou o deputado como líder da minoria na Câmara. De acordo com parlamentares da legenda, como líder, Eduardo não teria obrigação de comparecer à Câmara para as sessões.

com DIEGO ALEJANDRO, KARINA MATIAS e VICTÓRIA CÓCOLO

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