Marcos do Val prometeu dar voz de prisão para PF dias antes de ganhar tornozeleira eletrônica (VIDEO)

Senador afirmou que iria prender policiais que executassem ordens judiciais em sua chegada ao Brasil


Por Yuri Ferreira | Revista Fórum

Dias antes de ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) e ser ordenado a utilizar uma tornozeleira eletrônica, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) chegou a ameaçar as autoridades da entidade.

Senador Marcos do Val (Podemos-ES) | Agência Senado

Do Val afirmou que iria dar voz de prisão para os oficiais que o abordassem com mandados judiciais.

"E aí Xandão, e já aviso logo, se tiver algum policial federal com mandatozinho de prisão porque eu fugi do país [...] eu vou dar ordem de prisão por abuso de autoridade. Saibam, tá? Vocês, delegados da Polícia Federal, darei ordem de prisão", afirmou o senador.

Nesta segunda-feira (4), Marcos do Val foi abordado por policiais federais que cumpriram ordem judicial de Alexandre de Moraes e, agora, o senador capixaba utiliza tornozeleira eletrônica.

O que pesa contra Marcos do Val

O senador está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente tentar invalidar o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Em fevereiro daquele ano, ele admitiu ter participado de uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira. Segundo ele, durante esse encontro, foi sugerido que gravasse uma conversa com o ministro Alexandre de Moraes com a intenção de levá-lo a fazer declarações comprometedoras sobre a condução do processo eleitoral.

Naquele período, Moraes presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto Bolsonaro propagava alegações sem provas sobre fraudes nas urnas.

Mais tarde, o senador alterou sua versão dos fatos e afirmou que Bolsonaro não teve envolvimento direto na proposta. Em julho, ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de ter vazado documentos sigilosos relacionados às investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

No ano de 2024, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma nova investigação contra o senador, após ele divulgar informações falsas e revelar a identidade de agentes da PF envolvidos em apurações no STF.

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